data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
As vendas do varejo na Região Central cresceram 3% nos últimos 28 dias, em relação ao mesmo período de 2019. O número foi divulgado ontem pelo governo do Estado na 22ª edição do boletim sobre os impactos da Covid-19 na economia gaúcha.
O dado chama a atenção porque, mesmo diante da crise registrada por diversos setores, o saldo dos municípios da região de Santa Maria ainda é positivo. Ao mesmo tempo em que a venda de vestuário teve a maior queda acumulada nos últimos meses, outros setores "puxaram" o comércio.
As áreas de "Supermercados", "Material de Construção", "Lojas de Departamento e Magazines" e "Eletroeletrônicos" foram as que mais contribuíram para a alta do setor. Se analisada nos últimos 14 dias, a alta do varejo na região fica em 2%.
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Segundo a presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Maria, Marli Rigo, a economia sofreu de forma setorizada. Enquanto os pequenos lojistas tiveram de reduzir o horário de funcionamento, grandes empresas sofreram menos restrições, por venderem itens de alimentação, ou seja, de necessidade básica, no mesmo espaço onde comercializam vestuário e eletrodomésticos.
- O setor varejista do vestuário genuíno teve um impacto muito grande. Já os grandes grupos e as lojas de departamentos puderam atender muitos nichos de mercado ao mesmo tempo. Acredito que tenha sido uma luta desigual. O pequeno varejista ainda tem os horários limitados - comenta Marli.
Para a empresária, é necessário que o poder público tenha uma visão mais solidária e geral dos setores para equalizar as condições econômicas.
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SUPERMERCADOS
O presidente do Sindigêneros Região Centro, Eduardo Stangherlin, endossa nas informações do Estado. Ele observa o aumento de vendas de alguns itens nos supermercados.
- Teve uma queda de venda nos restaurantes, mas a população tem ficado mais em casa. Cozinham no próprio lar. Bebidas, itens de padaria e doces são produtos que estão vendendo mais, além das mercadorias de limpeza e higiene pessoal. Os supermercados também não tiveram restrição de horário, isso ajuda - diz o presidente do sindicato dos supermercadistas.
O crescimento no setor varejista foi observado em pelo menos outras 20 regiões do Estado. Contudo, as regiões das Hortênsias, Metropolitana Delta do Jacuí, próximo a Porto Alegre, Vale do Rio dos Sinos, Serra e Sul tiveram piora nos índices.
NO ESTADO
De acordo com os dados do governo, a indústria cresceu 12,5%, entre 8 e 21 de agosto. O atacado cresceu 3%, fomentado também pela venda de materiais de construção, itens metalmecânicos e insumos agropecuários. As informações são da Receita Estadual.
*Colaborou Rafael Favero